Segundo dados da Organização Mundial de Saúde, quase 300 milhões de pessoas acabam desenvolvendo doenças oculares ao longo da vida.
Com base nessa informação, é possível concluir que a falta de conhecimento faz com que os pais não notem os sintomas iniciais de doenças que podem levar, nos casos mais graves, à cegueira. Com exames preventivos e os cuidados básicos, é possível reduzir o prejuízo futuro à saúde ocular.
Neste post, você vai entender melhor como prevenir as doenças oculares e e garantir uma boa saúde visual desde o nascimento até o passar dos anos.
1. Cuidados com a saúde ocular desde o feto
Começando pela fase inicial de desenvolvimento do feto, podemos citar como um dos principais causadores de cegueira no bebê as doenças como a toxoplasmose ou rubéola.
Dessa forma, é imprescindível a realização de um bom pré-natal, com acompanhamento médico e de especialistas que ajudam a evitar a contaminação do bebê.
Na gestação, a retina (sistema responsável pela captação da imagem) está em plena formação. E essa formação acontece especialmente durante o sono precioso do feto. Por isso, é importante que a mãe se mantenha calma, e durma bem, garantindo assim o descanso do feto. Também foi provado que toxicológicos como drogas anticolinérgicas, (relaxantes musculares, remédios para asma e outros) e a nicotina (presentes no cigarro) afetam esse desenvolvimento.
2. Acompanhamento oftalmológico do recém-nascido
Ao nascer, algumas doenças já podem ser diagnosticadas. Uma delas é o glaucoma, que pode deixar os olhos do bebe grandes e arroxeados, lembrando uma jabuticaba. Não é possível ver o branco dos olhos. Além disso, é feito o teste do olhinho, para identificar a possível existência de um tumor na retina, o retino blastoma.
Muitas vezes, os pais de criança, ao ver uma foto tirada do bebe com flash, veem algo estranho. Ao invés dos dois olhinhos ficarem vermelhos no lugar da pupila, um fica esbranquiçado. Pode ser sinal de retino blastoma, portanto é fundamental levar a criança ao oftalmologista.
3. Prevenções com a saúde dos olhos durante a fase da infância
Nessa fase em que a vida escolar começa, é importante a realização de consultas periódicas com um oftalmologista, para averiguar se não há nenhuma anormalidade que possa estar prejudicando o seu filho na escola. A necessidade de uma correção visual pode ser necessária.
Porém, antes de mais nada, é sempre válido observar alterações no comportamento, como mania de coçar os olhos e piscar em excesso.
4. Problemas oculares que podem surgir durante a adolescência
Na idade jovem, além das doenças oculares citadas acima, os adolescentes são mais suscetíveis ao surgimento do ceratocone.
Esse distúrbio ocular provoca alterações na córnea, causando coceira nos olhos, sensibilidade à luz e diminuição da qualidade da visão.
No entanto, o fato mais preocupante é que, na maioria das vezes, pessoas da faixa etária dos 13 aos 20 anos não costumam notar esse tipo de sintoma como um problema de saúde.
De qualquer maneira, o tratamento melhora a qualidade da visão e diminui os danos à córnea, mas o quanto antes for realizado melhor é a sua eficácia.
5. Cuidado com os olhos na vida adulta
No auge da vida, também temos que nos cuidar!
A maior queixa que os pacientes relatam no consultório é a vista cansada. Isso porque as longas horas que a maioria passa em frente a computadores e dispositivos que emanam luz acabam prejudicando a produção de melatonina, hormônio responsável pelo sono, o que em falta, acaba afetando a visão gradativamente.
Além do mais, estágios avançados de doenças como diabetes e sinusite podem causar cegueira. Por isso é importante as visitas periódicas ao oftalmologista, além de tratar de forma adequada outros problemas de saúde que afetam a visão.
Lembre-se, toda alteração na visão deve ser acompanhada por um médico. Detectando o problema ainda no estágio inicial, você terá mais chances de ter uma boa visão mesmo na velhice, vivendo com mais qualidade de vida.
Por: Dra. Eloisa Lira Vilela Ashby – CRM-SP 49418